...

As noites se sucediam constantemente num vai-e-vem de luas esvaziadas de sentimento. Quais corações juvenis suspirariam por ela? Estavam todos na guerra... Maldita guerra que matava corpos e sonhos!
Trancada em seu quarto, Mary Lee orava... Torturava seus joelhos todas as noites com orações intermináveis... Jesus haveria de ouvi-las. Cicília Lee também orava, acompanhava Mary em suas preces embora não possuísse tanta fé quanto a bondosa mais velha.
O que haveria de acontecer naqueles dias de silencio e espera? As irmãs Lee sentavam-se nas escadarias da varanda contrariando as normas da boa educação, esperavam todos os fins de tarde por um cavaleiro qualquer, uma carta, um sinal de que a guerra estaria por acabar... Então, a noite caía e a esperança daquele dia se esvaia concentrava-se na expectativa de um próximo fim de tarde.

- Deus meu, tenha misericórdia! Não há comida decente ou água que não venha do rio onde bebem os animais que restaram... Os homens foram embora, confesso que eram hostis, mas... Eram companhia... Era preferível estar sob os olhos dos escravos do que sob a mira das corujas e dos cadáveres secos, esbugalhados na beira das estradas. Deus!
Que Seu espírito consolador acalente nossos corações...
... A magreza e o desgosto cobrem nossas faces como o algodão da Virginia cobre as terras do Sul...
Oh, Senhor tenha misericórdia! O que há de ser depois de nós?

Mary Lee, naquela noite... Não ouviu resposta!