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Os dias se arrastavam e com eles, seguiam as angustias dos corações que teimavam em esperar por noticias da guerra. As estradas estavam vazias, volta e meia um corpo aparecia, branco... preto... Os confrontos começaram a se tornar constantes e todas as noites, era possível enxergar das janelas da fazenda alguns homens e mulheres fugindo com suas trouxas nas cabeças. O que poderia ser feito a respeito? Lara Lee se perguntava todas as noites embora Mary sempre a abraçasse dizendo “Sinto paz vendo-os partir, deixe-os seguirem”... Cicília era incapaz de aceitar tal declaração vinda da pacificadora jovem. Certa vez, a nanica ousou atirar uma pedra do tamanho de um limão na cabeça de um escravo que roubava galinhas... Foi inútil... ele fugiu mesmo assim!
Com o tempo as fugas e as mortes se tornaram comuns... constantes... parte integrante do cotidiano sulista. Os sons de alegria, os risos, os gritos de ordem, os gemidos de dor... Todos os mais diversos sons, aos poucos foram se extinguindo tornando as terras da Virginia um deserto a espera da desgraça final... A marcha do inimigo nortista que, aos poucos obtinha significativas vitórias sobre os exércitos confederados.
O Sul com dez milhões e quinhentos mil habitantes dos quais, três milhões eram escravos, dispunha de apenas uma fábrica de armamentos enquanto o Norte com mais de vinte milhões de habitantes, dispunha de excelente rede ferroviária, largo e promissor parque industrial, além de uma poderosa esquadra. O avanço técnico bélico desenvolvido na Guerra Civil Americana mudou radicalmente a feição do conflito, os fuzis de repetição deram lugar à trincheira tornando os combates corpo a corpo cada vez mais raros.O Sul que obtinha uma pequena vantagem no inicio da guerra, começou a perder as forças sendo varrido violentamente pelas tropas inimigas. No mar, os barcos encouraçados revolucionaram as técnicas da guerra naval trazendo ainda mais glória para as tropas yankees... mas também dor, morte e miséria para o seio dos Estados Unidos da América.
Os olhos que sobreviviam para ver a desgraça eram incapazes de crer que todo aquele inferno terminaria, todavia, os mais otimistas oravam pedindo a Deus pelo fim da guerra, rezavam acreditando... Porque, em verdade... Em verdade... Nada é para sempre.
Um Romance em Tempos de Guerra
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Postado por
Elaine França
on terça-feira, 8 de junho de 2010
Marcadores:
PÁGINA 9.6
Os dias se arrastavam e com eles, seguiam as angustias dos corações que teimavam em esperar por noticias da guerra. As estradas estavam vazias, volta e meia um corpo aparecia, branco... preto... Os confrontos começaram a se tornar constantes e todas as noites, era possível enxergar das janelas da fazenda alguns homens e mulheres fugindo com suas trouxas nas cabeças. O que poderia ser feito a respeito? Lara Lee se perguntava todas as noites embora Mary sempre a abraçasse dizendo “Sinto paz vendo-os partir, deixe-os seguirem”... Cicília era incapaz de aceitar tal declaração vinda da pacificadora jovem. Certa vez, a nanica ousou atirar uma pedra do tamanho de um limão na cabeça de um escravo que roubava galinhas... Foi inútil... ele fugiu mesmo assim!
Com o tempo as fugas e as mortes se tornaram comuns... constantes... parte integrante do cotidiano sulista. Os sons de alegria, os risos, os gritos de ordem, os gemidos de dor... Todos os mais diversos sons, aos poucos foram se extinguindo tornando as terras da Virginia um deserto a espera da desgraça final... A marcha do inimigo nortista que, aos poucos obtinha significativas vitórias sobre os exércitos confederados.
O Sul com dez milhões e quinhentos mil habitantes dos quais, três milhões eram escravos, dispunha de apenas uma fábrica de armamentos enquanto o Norte com mais de vinte milhões de habitantes, dispunha de excelente rede ferroviária, largo e promissor parque industrial, além de uma poderosa esquadra. O avanço técnico bélico desenvolvido na Guerra Civil Americana mudou radicalmente a feição do conflito, os fuzis de repetição deram lugar à trincheira tornando os combates corpo a corpo cada vez mais raros.O Sul que obtinha uma pequena vantagem no inicio da guerra, começou a perder as forças sendo varrido violentamente pelas tropas inimigas. No mar, os barcos encouraçados revolucionaram as técnicas da guerra naval trazendo ainda mais glória para as tropas yankees... mas também dor, morte e miséria para o seio dos Estados Unidos da América.
Os olhos que sobreviviam para ver a desgraça eram incapazes de crer que todo aquele inferno terminaria, todavia, os mais otimistas oravam pedindo a Deus pelo fim da guerra, rezavam acreditando... Porque, em verdade... Em verdade... Nada é para sempre.
Quem sou eu
- Elaine França
- Sou viciada em leitura, escrita e amo estudar. Faço faculdade de Serviço Social na Federal Fluminense... Vivo a minha vida de uma forma muito tranquila, sou super caseira... Agradeço muito a Jesus por tudo o que tenho!
Convido-te a conhecer as irmãs Lee, cinco jovens aristocratas que vivenciaram os horrores da Guerra Civil Norte Americana.
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Infelizmente, as primeiras páginas já foram retiradas para a proteção dos direitos autorais!
Mas desde já agradeço pela visita!
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2 comentários:
Em perfeita verdade, nada é para sempre.
OMG
Nada é pra sempre *----*
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